Os Cult são aquilo a que se pode chamar uma banda novinha em folha. Não demorou muito até que as gravações para os amigos algures em Manhattan chegassem aos ouvidos do mundo. Pela internet, o seu estilo é descrito como indie pop. Confesso que sempre achei esta categoria um pouco contraditória. Indie que é pop? Mas pop não é suposto ser a música das massas e o indie o caminho alternativo a essas músicas? Não será então o mesmo que dizer que uma estrada é uma via rápida e uma via secundária ao mesmo tempo?

Talvez consiga encontrar uma explicação razoável. É verdade, a sonoridade é indie, a voz da Madeline Follin encaixa-se bem no estilo, os arranjos também. Só que, de facto, quando as músicas se instalam num qualquer sítio da nossa cabeça - estou para saber onde se armazenam as músicas que eu ouço, porque é uma parte do meu cérebro que funciona melhor do que aquelas que realmente deveriam funcionar -, alojam-se muito bem e recusam-se a sair de lá. É o caso da "You know what I mean". Ouvi-a duas vezes de seguida e, no dia seguinte, tive de ir tirar a discografia inteira.

Letra:

I, I can’t take things slowly
Come let away that’s what they all do
Help me ‘cause I’m feeling shaky 
Tell me what’s wrong with my brain
'Cause I've seem to have lost it

'Cause I am afraid of the light 
Yeah you know what I mean
And I can't sleep alone at night
yeah you know what I mean

Lonely, that’s not quite my problem
I have all that I need, haven't quite lost it
I try so hard to be happy
'Cause something goes wrong once again

Please, please come and save me
Tell me what’s wrong with my brain
'Cause I've seem to have lost it

'Cause I am afraid of the light
yeah you know what I mean
And I can't sleep alone at night
and you know what I mean.